Lucília Gago elegeu como uma das grandes prioridades do seu mandato à frente da Procuradoria Geral da República o combate à corrupção, "que se tornou um um dos maiores flagelos suscetíveis de abalar alicerces do estado."
No seu discurso de posse, esta sexta-feira, no Palácio de Belém, fez uma referência especial ao processo "Operação Marquès", como exemplo "dos niveis de exigência e qualidade do trabalho desenvolvido pelo DCIAP" sublinhando a "plena confiança" que deposita no seu diretor, o procurador geral adjunto Amadeu Guerra - um nome que tem sido falado para número dois da PGR o que significaria uma continuação, de facto, das apostas de Joana Marques Vidal.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou Joana Marques Vidal na hora da despedida.
"Mostrou entrega ao bem comum, humilde desprendimento pessoal". "A vossa excelência é devido reconhecimento pessoal que penso ser justo alargar ao Ministério Público, como um todo, sob a sua liderança"
Herdeira de vários casos mediáticos
Lucília Gago herda vários casos mediáticos: o que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates, o ex-banqueiro Ricardo Salgado (caso BES), o Benfica (e-Toupeira), o ex-ministro Miguel Macedo (Vistos Gold), juízes (operação Lex) e os fogos de Pedrógão Grande.
Encontra também um Ministério Público com falta de recursos humanos.
Dos 1592 magistrados, só 1465 estão em efetividade de funções e há muitos magistrados em idade de reforma
Na agenda de Lucília Gago estará também o Estatuto dos Magistrados do Ministério Público, que não foi atualizado ao mesmo tempo que a Lei da Organização do Sistema Judiciário.
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