sábado, 16 de julho de 2016

Ao minuto: detenções em massa depois de golpe falhado

PEDRO CRISÓSTOMO , HUGO TORRES , CLARA VIANA e CLÁUDIA LIMA CARVALHO
16 e 17 Julho de 2016


Número de mortos provocado por “acto de traição” difere consoante a fonte. 


Erdogan promete mão pesada contra os golpistas, que declararam ter assumido o controlo do país na noite de sexta-feira. Povo festeja nas ruas.

20:47
Damos por encerrado este acompanhamento ao minuto. Obrigado por nos ter seguido.


20:40
O que se sabe até agora

Passaram 24 horas desde que uma parte do Exército turco tentou organizar um golpe de Estado colocando tanques nas ruas e proclamando a lei marcial. O Presidente, Recep Tayyip Erdogan, apelou à população para sair à rua e assim aconteceu. O número de militares golpistas nas duas grandes cidades foi rapidamente ultrapassado pelos populares e pela polícia.

Segundo o primeiro-ministro turco, Binali Yildrim, os confrontos que se seguiram fizeram 265 mortos e 1440 feridos. Não é certo quando civis morreram – o Governo fala em 104 revoltosos mortos e descreve os restantes como lealistas. Os aviões militares controlados pelos golpistas chegaram a largar bombas em Istambul, junto ao Parlamento, em Ancara, e num subúrbio da capital. Ainda há escaramuças em algumas regiões.

A resposta, como prometeu Erdogan, está a ser pesada. Perto de 2800 militares, incluindo altas patentes (e um ex-chefe de Estado-Maior da Força Aérea), foram detidos, e mais de 2745 juízes (dois deles membros do Tribunal Constitucional) já foram afastados dos seus cargos.

Ancara aponta o dedo a Fethullah Gülen, o pregador fundador de uma rede de escolas e inspirador de um movimento político que vive desde 1999 num exilio auto-imposto na Pensilvânia. Ex-aliado de Erdogan, que aliás ajudou a chegar ao poder, Gülen tornou-se no seu arqui-inimigo e há uma guerra aberta entre ambos. Numa rara entrevista, o imã nega qualquer envolvimento no golpe e sugere até que este possa ter sido encenado pelo próprio Presidente para reforçar os seus poderes – Erdogan pediu aos Estados Unidos que extraditem rapidamente Gülen. Washington pede “provas concretas” do seu envolvimento na tentativa de derrubar os líderes eleitos da Turquia.

Toda a oposição, da extrema-direita do MHP à esquerda pró-curda do HDP, condenou a tentativa de golpe, uma forma de mudança de regime que os turcos conheceram durante décadas (houve quatro golpes de Estado militares no país) e da qual pensavam que não teriam mais experiências.

União Europeia, países da região, Estados Unidos e potências asiáticas, todos prestaram homenagem aos turcos por terem defendido os líderes democraticamente eleitos e manifestaram o seu apoio a Erdogan e ao Governo. Ao mesmo tempo, conhecendo o autoritarismo com que o Presidente tratou minorias e opositores nos últimos anos, num desrespeito absoluto por direitos humanos e liberdades, apelaram “a contenção e ao respeito pelas instituições democráticas”.

20:23
Passos realça importância do país para segurança da Europa

O presidente do PSD considerou neste sábado "muito preocupante" a tentativa de golpe de Estado na Turquia, lembrando que este país "é uma peça importante no seio da NATO, onde parte significativa da nossa segurança coletiva se joga".

"Saber que foi possível em 2016, num país que tem esta relevância, que está a negociar há uns anos a entrada na União Europeia, [haver] um golpe militar, não é uma coisa que nos possa deixar sossegados", disse, lembrando que a Europa tem vivido "problemas de segurança gravíssimos, com terrorismo, uma parte incentivada de fora mas desenvolvida a partir de dentro das fronteiras da Europa".

"Há um risco elevado de uma parte desse terrorismo poder ser importado através das nossas fronteiras externas. Ora, a Turquia é um elemento de segurança muito importante nessa fronteira externa", declarou.

Frisando a "preocupação" com que "certamente todos os dirigentes políticos" olham para o que se está a passar na Turquia, Passos Coelho disse esperar que a União Europeia e o Governo português "acompanhem essa situação com muita atenção e muito de perto".

Passos Coelho lamentou as muitas mortes ocorridas durante o golpe e considerou que, mesmo que o Governo turco tenha conseguido dominar a situação, "é natural que os próximos tempos sejam de expectativa, em que medidas excepcionais tenham que ser tomadas".

Lusa


19:12
Erdogan pede aos EUA que extraditem o imã Fethullah Gülen

É um pedido quase em tom de ultimato. Os Estados Unidos têm de extraditar o imã Fethullah Gülen, o ex-aliado do Presidente Erdogan, acusado de estar por detrás da tentativa de golpe. Numa manifestação de apoio ao seu regime em Istambul, Erdogan falou das “forças externas estrangeiras que querem virar esta nação contra as suas forças armadas”.

Já o primeiro-ministro, Binali Yildirim, tinha acusado Gülen, auto-exilado nos Estados Unidos, de ter criado um “Estado oculto” ou “paralelo”, defendendo que qualquer país que se puser ao lado do imã “não será um amigo da Turquia e será considerado como estando em guerra contra a Turquia”.

Fethullah Gülen rejeita qualquer ligação ao que se passado, afirmando mesmo condenar “com a maior veemência, a tentativa de golpe militar”.

18:36
Grécia não confirma extradição de militares turcos

O Ministério grego dos Negócios Estrangeiros divulgou uma nota esta tarde, informando que o chefe da diplomacia disse ao seu homólogo turco que o seu país examinará o caso dos oito militares que pediram asilo, tendo em conta a gravidade das acusações que pesam contra eles na Turquia.

O comunicado foi divulgado pouco depois do ministro turco dos Negócios Estrangeiros ter informado que a Grécia ia extraditar aqueles militares. “Vamos proceder de acordo com a lei internacional”, garantiu a porta-voz do Governo grego, Olga Gerovassili, citada pela AFP. Os oito militares, que seguiram para a Grécia a bordo de um helicóptero, deverão comparecer amanhã em tribunal.

18:30
Fotojornalista morto por soldados

A organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras condenou neste sábado os “ataques perpetrados” contra órgãos de informação e jornalistas durante a tentativa de golpe militar, que resultaram na morte de um fotojornalista truco, que foi abatido pelos militares revoltosos.

Segundo aquela organização, Mustafa Cambaz, fotógrafo do diário Yeni Safaz, foi morto “depois de ter apelado nas redes sociais á mobilização contra o golpe”. Dois outros jornalistas “foram violentamente agredidos” por manifestantes leais ao Presidente Erdogan, acrescentou.

18:05
Generais detidos na Turquia

Responsáveis turcos dão conta, sob anonimato, da prisão do comandante do 3.º Exército, Erdal Ozturk, por alegado envolvimento no golpe militar falhado, anunciou a AFP. Antes, a Reuters dera conta da prisão d e outro general, o comandante do 2.º Exército Adam Hudut, responsável pela protecção das fronteiras com a Síria, Iraque e Irão.

17:59
Obama reafirma apoio ao Governo turco e pede moderação

O Presidente dos Estados Unidos reiterou o seu “firme apoio ao governo civil democraticamente eleito da Turquia”, segundo uma nota divulgada agora pela Casa Branca. “Enquanto não termos indicações se há americanos entre os mortos e feridos, o presidente e a sua equipa lamentam a perda de vidas e frisam a necessidade vital de todos os partidos da Turquia de agirem dentro da lei de modo a evitar acções que poderão desencadear mais violência ou instabilidade”, lê na nota da Casa Branca.

17:30
Vice-presidente do Tribunal Constitucional detido

A agência noticiosa estatal turca, Anadolu, e outros media turcos, estão neste momento a noticiar que o vice-presidente do Tribunal Constitucional, Alparslan Altan, foi detido na sequência da tentativa de golpe militar. 

As relações entre o presidente Erdogan e o Tribunal Constitucional têm sido tensas. No início do ano, Erdogan considerou que o tribunal pronunciou “uma sentença contra a nação e o povo no que é um dos exemplos mais claros de um ataque massivo à Turquia”.

O Presidente turco classificou assim a libertação dos jornalistas Can Dundar e Erdem Gul, do diário Cumhuriyet, que passaram 92 dias em prisão preventiva acusados de espionagem.

17:29
Número de mortos sobe para os 265

O gabinete do Presidente turco revelou o último balanço do número de pessoas mortas durante a tentativa de golpe. Segundo os números mais recentes, são já 265 as vítimas mortais. Deste número, o gabinete do presidente refere-se a 161 como civis e a 124 como “conspiradores”, ou seja, participantes no golpe.

17:24
Depois dos golpes pós-modernos, um breve regresso ao passado

Nos últimos anos, os turcos viram os militares recuar aos quartéis e pensaram estar a assistir ao fim de uma era. O Exército que “era o Estado” deixou de o ser. Depois, os tanques voltaram a sair à rua.

SOFIA LORENA 16/07/2016 - 17:10
Nos últimos anos, os turcos viram os militares recuar aos quartéis e pensaram estar a assistir ao fim de uma era. O Exército que “era o Estado” deixou de o ser. Depois, os tanques voltaram a sair à rua.





















O país que tem um general como pai viveu as suas primeiras décadas com o pai (e, depois da sua morte, o lugar-tenente do pai) no lugar de Presidente. Seguiram-se as primeiras experiências de governação civil, mas os militares não deixaram de mandar nos destinos dos turcos e, a prová-lo, protagonizaram três golpes de Estado, com e sem tanques, terminando com o chamado golpe pós-moderno, em que nem saíram dos quartéis.

A Turquia que começou por ser de Mustafa Kemal Atatürk só deixou realmente de estar nas mãos dos que se dizem seus filhos quando chegou ao poder um homem que tem a ambição de querer ser o novo pai dos turcos e que é o político mais popular na Turquia desde o “pai” fundador.

Podem chamar-lhe sultão, e ele não desdenha o desejo ultrapassar de Atatürk (pelo menos) em longevidade política, mas Recep Tayyip Erdogan há-de se celebrar até ao fim como “homem do povo”, contra tudo e contra todos, à custa do próprio povo se preciso for. Não importa. Por estes dias, importa é ter resistido. Os turcos defenderam a democracia, mesmo que o seu Presidente não o faça.

Curiosamente, o último dos golpes bem-sucedidos, o tal pós-moderno (“ordenado” através de um memorando com “recomendações”), visou Necmettin Erbakan e, com ele, a primeira experiência de poder islamista (Erdogan começou a vida política no movimento de Erbakan, o Partido do Bem-estar e, na altura deste golpe, já era presidente da câmara de Istambul), em 1997. Até então, os generais já tinham derrubado três primeiros-ministros, em 1960, 1971 e 1980.

Há muitas diferenças. 2016 não é 1997, e isso tem muito de positivo e deve-se, precisamente, a Erdogan, que antes de assumir a sua deriva autoritária ajudou (mesmo) a democratizar a Turquia e a pôr fim ao poder do chamado Estado profundo . Desta vez, o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas não estava com os golpistas. E Erdogan não é primeiro-ministro, é Presidente mas governa como se fosse, ao mesmo tempo, chefe do Governo (na altura, foi o Presidente que deixou cair Erbakan).

30 anos é muito tempo
Antes, no golpe das “recomendações”, oficiais kemalistas depuseram sucessivamente o conservador Adnan Menderes, eleito dez anos antes nas primeiras eleições multipartidárias da Turquia (1960), condenado à morte e enforcado; e o Governo do seu herdeiro político, Suleyman Demirel (1971).

Finalmente, nos anos do caos em que o terrorismo de extrema-direita e de extrema-esquerda se enfrentava em confronto armado (ao mesmo tempo que se assassinavam políticos e os rebeldes curdos cometiam os primeiros atentados), os generais decidiram intervir para dissolver a Assembleia Nacional e suspender a Constituição em vigor. Anunciaram que tinham “tomado conta do Estado” e avançaram. Seguiu-se uma repressão pesada, centenas de milhares de detenções, centenas de execuções e a ordem, prontamente seguida, para uma “renovação” política que viu partidos mudarem de nome e de lideranças.

Foi em 1980. Não foi assim há tanto tempo, mas foi porque entretanto a Turquia não é mesmo a mesma. Os militares já tinham testado Erdogan – foi em 2007, o AKP, de Erdogan, estava há cinco anos no poder e ele queria ver Abdullah Gül na Presidência. Passava pouco da meia-noite de 27 de Abril quando o Estado-Maior publicou no seu site um comunicado a vetar a candidatura (o chefe de Estado ainda era escolhido por votação entre os deputados), lembrando que as Forças Armadas “são o garante infalível do laicismo”. Seria um golpe 2.0, mas não chegou a ser.

Um país é um país
A mulher de Gül, Hayrunisa, usava hijab (lenço islâmico que cobre os cabelos) e esses ainda eram os tempos em que uma turca de lenço não podia tomar posse como deputada ou sonhar em entrar na universidade, por melhores que fossem as suas notas. Os generais avisaram, Erdogan pagou para ver. E esmagou. Gül foi mesmo eleito Presidente e os turcos foram chamados a votar em legislativas antecipadas e reforçaram o poder de Erdogan e do AKP. Em eleições, como deve ser.

Na Turquia dos fantasmas (Atatürk será sempre uma sombra mas foi apenas a primeira), o AKP foi uma desempoeirada novidade. O Erdogan de hoje é aquele que construiu para si um palácio com milhares de quartos e guardas vestidos como soldados otomanos só para ele passar no meio deles. Não pode continuar a dizer que é um “homem do povo”. Mas já foi. E sem ele e o AKP haveria muito mais turcos na pobreza e a elite permaneceria a de sempre. Os generais de topo continuariam a acreditar que tudo se resolve a golpe e os juízes a não saber o que é separação de poderes.

O problema da Turquia é que Erdogan e o AKP já foram dois e agora são um só. E que o mesmo Erdogan que lutou pela separação de poderes a ataca agora, querendo para si o papel de líder-todo-poderoso protagonista ao leme do país pelo menos até ao centenário da República, em 2023. 

A sorte de Erdogan é que democratizou a Turquia antes de a tentar vergar. E na noite de sexta-feira, perante a imagem de um regresso ao passado, com tanques nas pontes do Bósforo, em Istambul, e caças a sobrevoar o Parlamento, em Ancara, os mesmos democratas que ele agora persegue (jornalistas, opositores, curdos…) saíram em sua defesa, enchendo as mesmas praças onde se juntaram nos últimos anos em protesto contra as suas decisões. Na verdade, saíram em defesa da Turquia. Ele tem tendência a pensar que um e outro são o mesmo. Os turcos sabem que a Turquia é maior do que qualquer Presidente. Salvaram Erdogan para se salvarem e assim aconteceu que um golpe de Estado falhou na Turquia.
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16:53
Soldados que fugiram para a Grécia vão ser extraditados

O ministro dos Negócios Estrangeiros turcos, Mevlut Cavusoglu, revelou na sua conta do Twitter que os oito soldados que fugiram para a Grécia num helicóptero militar vão ser extraditados.

Os oitos saldados aterraram no aeroporto da cidade grega de Alexandrópolis (noroeste) e aí pediram asilo.

Cavusoglu garante na mensagem deixada no Twitter que o ministro dos Negócios Estrangeiros grego, Nikos Kotzias, confirmou a extradição dos homens. No entanto, não há ainda uma confirmação oficial da decisão.

Ao jornal Kathimerini, Olga Gerovasili, porta-voz do Governo grego, disse que os pedidos de asilo seriam examinados à luz dos acontecimentos. Ou seja, a Grécia terá em conta que os soldados “participaram numa tentativa de derrubar um regime democrático e uma ordem constitucional de um país vizinho”.

16:48
Portugueses descrevem noite de revolta na Turquia
16:46
Turquia pode reinstaurar pena de morte

O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, disse que o Governo está a considerar reintroduzir a pena de morte na Turquia para castigar os “traidores” que desencadearam uma tentativa de golpe, que fez 161 mortos. Na mesma intervenção, Yildirim deu o golpe como derrotado, anunciou que tinham sido detidos cerca de 3000 militares, incluindo alguns de alta patente, e saudou o papel dos civis, da polícia e dos serviços de segurança na derrota do golpe militar.

16:32
Golpe ou teatro?

Aykan Erdemir, investigador da Fundação para a Defesa da democracia (FDD), em Washington, indicou à AFP que uma das razões da tentativa de golpe de Estado é receio entre as Forças Armadas que Erdogan concretize a já anunciada mudança da Constituição de modo a transformar a Turquia num regime presidencialista. A actual Constituição foi redigida sob a influência da junta militar que tomou o poder, após um golpe, em 1980.

Ao contrário do desfecho de outros golpes militares vitoriosos (1960, 1970 e 1980) na Turquia, este falhou por não ter o apoio do conjunto das Forças Armadas, tendo sido desencadeado apenas por um grupo de militares, aponta Sinan Ulgan, director do Edam, um centro de investigação baseado em Istambul. “Quando as pessoas perceberam que o golpe não tinha o apoio do conjunto das Forças Armadas, foi mais fácil oporem-se”, adianta.

Natalie Martin, investigador de política internacional na Universidade de Nottingham Trento, no Reino Unido, diz mesmo que esta tentativa de golpe, que "parecia destinada a falhar", levantou suspeitas sobre a sua veracidade. Foi criada aliás uma hastag no Twitter "#Darbedegiltiyatro”(não é um golpe, é teatro”).

16:24
Soldados agredidos na Ponte do Bósforo






















Na ponte que tomaram e onde se renderam, os soldados estão agora a ser agredidos por civis. Segundo o fotógrafo da Reuters, que registou o momento, são cerca de 50 os militares apanhados por civis que se manifestam a favor de Erdogan e contra a tentativa de golpe levada a cabo.

16:19
Base utilizada pelos EUA encerrada

A embaixada americana em Ancara confirmou que a base aérea de Incirlik, utilizada pelas forças dos EUA, foi encerrada. Segundo a embaixada dos EUA, " as autoridades locais proibiram voos de e para Incirlik. A electricidade foi também cortada". 

Um responsável americano citado pela AFP informou que, em virtude do encerramento, estão suspensas as missões aéreas contra o Daesh.

16:12
Surge na imprensa turca a primeira imagem dos soldados detidos

Amontados e seminus. A imprensa turca está a partilhar esta imagem alegadamente dos soldados detidos. Aqui partilhada por uma correspondente do The Times na Turquia.




























16:09
Parlamento turco reunido de emergência

O Parlamento turco está reunido de emergência em Ancara. A agência noticiosa estatal turca, Anadolu, indicou que será lida em breve uma declaração conjunta dos principais partidos com assento no parlamento.

15:50
Multiplicam-se as manifestações de apoio a Erdogan

15:36
Merkel avisa Erdogan: regras do Estado de direito são para cumprir
Condenação da tentativa de golpe de Estado, mas avisos ao Presidente Erdogan. Em Berlim, a chanceler alemã, Angela Merkel, condenou o facto de ter sido tentado derrubar um Governo eleito democraticamente e, lamentando a violência, considerou “trágico que tantas pessoas tenham morrido”.

Em conferência de imprensa em Berlim, Merkel reagiu também às declarações do primeiro-ministro turco esta manhã, quando este admitiu que seja resposta a pena de morte no país. A resposta em relação aos responsáveis dos acontecimentos da última noite, reforçou a chanceler, deve seguir “as regras do Estado de direito”.

15:06
A cooperação da Turquia com os nossos esforços contra o terrorismo, em relação às nossas obrigações na NATO e os nossos esforços regionais relativamente à Síria e ao ISIS [autoproclamado Estado Islâmico] não foram afectados negativamente. Tudo continua igual
John Kerry, Secretário de Estado norte-americano

14:33
Turquia ameaça "guerra" contra países que ajudarem golpistas

O primeiro-ministro, Binali Yildirim, lançou uma acusação indirecta a imã Fethullah Gülen, um ex-aliado do Presidente Erdogan e agora seu “inimigo número um” (a quem o Governo acusa de ter criado um “Estado oculto” ou “paralelo” na Turquia).

Neste sábado, Yildirim afirmou que qualquer país que se puser ao lado de Gülen – auto exilado nos Estados Unidos – “não será um amigo da Turquia e será considerado como estando em guerra contra a Turquia”.

Gulen veio rejeitar estar ligado às movimentações da noite de sexta-feira, ao condenar, “com a maior veemência, a tentativa de golpe militar”, cita a BBC.

Perante as acusações lançadas de Ancara, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em visita ao Luxemburgo, desafiou Ancara a apresentar provas em relação às suspeitas lançadas sobre Fethullah Gülen. E frisou que não haver nenhum pedido de extradição.

Segundo a Reuters, que cita duas fontes do Governo grego, Atenas deverá analisar o pedido de asilo feito por oito militares turcos que aterraram neste sábado de helicóptero no aeroporto da cidade grega de Alexandrópolis (noroeste). O Governo de Ancara quer ver os militares extraditados, mas tudo parece estar ainda em aberto.

14:27
Dez conselheiros de Estado detidos

Na mesma notícia em que dá conta do afastamento de 2745 juízes pelo Conselho Supremo dos Juízes e Procuradores, o Hürriyet Daily News informa que dez elementos do Conselho de Estado foram detidos, também por suspeitas de ligação à tentativa de golpe de Estado. O jornal turco diz terem sido detidos com mandados de captura.

14:23
2745 juízes afastados

O Conselho Supremo dos Juízes e Procuradores da Turquia decidiu afastar 2745 juízes, meras horas depois da tentativa de golpe de Estado no país. Os magistrados são suspeitos de terem ligações a Fethullah Gülen, rival do Presidente Erdogan e radicado nos EUA –apontado, sem provas, como o mentor da acção militar desta sexta-feira. A maioria (2204) exerce em tribunais comuns, os restantes (542) são juízes em tribunais administrativos.

14:14
Turkish Airlines cancelou 925 voos

A companhia aérea Turkish Airlines – parceira da TAP através da Star Alliance – cancelou 925 voos até ao momento, tanto voos domésticos como internacionais, segundo o jornal turco Hürriyet Daily News, que cita um comunicado da empresa. A Turkish Airlines aconselha os passageiros a visitarem o site da companhia para obterem informações sobre os seus voos, apesar de ainda de madrugada ter divulgado no Facebook uma mensagem em que dizia ter retomado a sua actividade normal, a pedido do Presidente Erdogan.


















14:01


OPINIÃO
Um golpe de brincar?
ANDRÉ LAMAS LEITE 16/07/2016 - 13:51
Provavelmente só muito mais tarde saberemos se a batuta de Erdogan esteve envolvida numa intentona na aparência pueril, ou se este é um primeiro aviso de que o controlo total do Presidente começa a abrir brechas.

A recente instabilidade política na Turquia, aparentemente fruto de um malogrado golpe de Estado, surpreende quem, como eu, por via profissional, conhece razoavelmente a realidade daquele país. Não pela circunstância da intentona em si, mas pelos seus contornos. Julgo que hoje já ninguém duvida que Erdogan, apesar de eleito, governa com pulso de ferro aquele país de transição entre dois continentes, desde 2003 a 2014 como primeiro-ministro, e daí até aos nossos dias como Presidente da República. A colagem ao fundador da Pátria, Ataturk, foi imediata. Mas Erdogan está muito longe daquele que, lutando contra a humilhação imposta a este povo na sequência da I Grande Guerra, soube liderar o país, numa região particularmente difícil, pelos caminhos do secularismo, rejeitando o islamismo radical. Na law in the books, não há dúvidas que a Turquia é uma república parlamentar, mas todos sabemos a distância que daí vai à law in action.

Basta falar com os turcos para perceber que as questões políticas são um tabu, que a liberdade de imprensa é uma miragem, e que o actual Presidente deseja instalar, passo a passo, uma república islamista mais ou menos radical. O culto do líder está um pouco por todo o lado, como verifiquei, desde logo, nos gabinetes dos reitores de Universidades turcas, nomeados pelo executivo e fiéis leais a Erdogan. Quando se tenta abordar a questão dos direitos fundamentais, o assunto passa a incómodo, apesar de, em boa parte por simples operação cosmética, vários congressos de Direito aí terem lugar e, ao menos na letra da lei, o ordenamento jurídico turco não se distanciar de um outro da Europa ocidental.

Pensava-se que Erdogan teria as Forças Armadas na mão, a quem trata principescamente, pelo que os acontecimentos de agora inquietam. Mais ainda, a debilidade da operação, a aparente falta de coordenação e a ausência de um trabalho de campo junto da população civil. Parece ter sido esta a salvar o regime. Terá sido uma mera orquestração para revestir o Presidente de mais poderes, tendo já sido anunciado um possível regresso da pena capital? É certo que nos últimos tempos Erdogan vinha perdendo apoio no país real e nada como um inimigo comum (ainda que controlado ou mesmo manipulado) para unir as hostes. Esta, é bem de ver, trata-se de uma mera especulação, sem querer aqui ceder a uma qualquer teoria da conspiração.

A Turquia é um Estado de muito difícil governação, com feridas abertas como a questão arménia, a luta pela independência dos curdos, liquidada ou quase com os ataques que Erdogan tem ordenado a posições do Daesh e que, sabe-se, fazem meia-volta e bombardeiam posições do PKK. É um país de dois continentes, de esmagadora maioria muçulmana, ex-candidato à adesão na UE e que sempre enfrentou grandes entraves, sobretudo da França e, de forma menos ostensiva, da Alemanha. Não é nada previsível – muito menos agora – que a Turquia se junte ao clube europeu, ele também em processo de ruína. Esta instabilidade é mais uma prova para os detractores da presença turca na União, a que se soma uma população de cerca de 76 milhões de habitantes, simultaneamente um mercado muito apetecível e uma enorme dor de cabeça em termos de livre circulação de pessoas. Os últimos actos de barbárie em Nice, os anteriores em Paris e em várias capitais europeias não permitirão, arrisco-me a dizer nunca, que a Turquia se junte aos ainda 28, na prática já 27.

O próprio país já o não deseja, ciente da sua posição geoestratégica, das ligações favorecidas com os EUA, em especial no tempo da Guerra Fria em que funcionava como tampão ao poder da ex-URSS. O alinhamento com a NATO, em 1952, foi uma resposta decisiva dos turcos, o que os não tem impedido de jogarem duplamente com a Rússia de Putin. A Turquia percebeu há muito que vale por si e que se abrir as comportas a Oriente, esmaga ainda mais a Europa com os fluxos migratórios. Este gigante de nobilíssima História conhece bem o seu potencial e não lhe falta amor-próprio, insuflado por um nacionalismo com culto de personalidade de Erdogan, que também se assume como guardião de costumes, bastando ver o modo como a comunidade LGBT é ali tratada.

Provavelmente só muito mais tarde saberemos o que aconteceu em Ancara e em Istambul, se a batuta de Erdogan esteve envolvida numa intentona na aparência pueril, ou se este é um primeiro aviso de que o controlo total do Presidente começa a abrir brechas. No curto prazo, Erdogan sai vitorioso, sendo expectável um endurecimento em matéria de política interna, com possível instauração de estado de sítio ou de emergência, reforço de poderes do Presidente, maior controlo dos media e restrição aos direitos fundamentais.

O Presidente foi, sobretudo na pele de primeiro-ministro, o rosto da abertura do regime, muito provocada pelo namoro com a UE, bem como da estabilização económica. Mas nem só disto vive um povo: a liberdade plena, mais tarde ou mais cedo, vai galgar as margens do Bósforo.

Professor da Faculdade de Direito da Universidade do Porto e consultor da Abreu Advogados
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14:00
Deco está retido na Turquia

O Barcelona informou que uma das principais figuras do clube, o turco Arda Turan, está retido na Turquia na sequência do golpe de Estado falhado desta sexta-feira. O jogador estava no país para um amigável organizado por Samuel Eto’o (que veste agora a camisola do Antalyaspor), assim como antigas estrelas do clube catalão: Carles Puyol, Eric Abidal e o luso-brasileiro Deco. Num comunicado, o Barcelona sublinha que estão todos “fora das áreas de perigo e em contacto constante com o clube”. Messi e Iniesta também deveriam rumar à Turquia para o jogo, mas já não vão viajar.
13:23
O dia seguinte no Parlamento bombardeado

Depois do bombardeamento do edifício da Grande Assembleia Nacional, na última noite em Ankara, hoje de manhã havia equipas no local a avaliar os estragos e a dar início à retirada dos restos destruídos.


13:03
Balanços distintos sobre o número de mortos

Os dados que estão a ser avançados pelas autoridades turcas em relação ao número de mortos mostram balanços distintos. O chefe interino das Forças Armadas referiu mais de 190 mortos, mas o primeiro-ministro, Benali Yildirim, apontou para 161 (segundo a BBC foram mortos 20 golpistas, e não os 104 que o responsável militar divulgou anteriormente).
Entre as vítimas está pelo menos um jornalista. Mustafa Cambaz, fotojornalista, morreu na noite de sexta-feira. “Solidariedade para com todos os nossos colegas na Turquia”, escreveu a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) no Twitter.

12:56
Depois de os três principais partidos da oposição condenarem a intentona contra Erdogan, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, saudou no Twitter “o forte apoio demonstrado pelo povo e todos os partidos políticos à democracia e ao Governo democraticamente eleito da Turquia”.
12:12
Oito militares pediram asilo à Grécia

Um helicóptero militar turco com oito tripulantes a bordo aterrou no aeroporto da cidade grega de Alexandrópolis (noroeste), onde terão pedido asilo político. Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu, pediu a extradição dos militares, aparentemente envolvidos no golpe.

11:57
Primeiro-ministro admite regresso da pena de morte

A pena de morte foi abolida da Constituição turca, mas Mehmet Muezzinoglu, vice-presidente do AKP, admite que o Governo possa apresentar uma proposta para a aplicar aos golpistas. O primeiro-ministro, Binali Yildirim, admitiu ponderar alterações legislativas nesse sentido.

11:28
Os três partidos da oposição ao Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) de Erdogan no Parlamento condenaram a tentativa de golpe militar. Tanto o Partido Republicano do Povo (CHP, secularista de esquerda) como o Partido do Movimento Nacionalista (MHP, nacionalista de direita) e o Partido Democrático dos Povos (HDP) distanciaram-se das movimentações.

Kemal Kiliçdaroglu, líder do CHP, a principal força da oposição, garantiu que protegerá a democracia. “Importa saber que o CHP depende inteiramente da livre expressão da vontade do povo como indispensável à nossa democracia parlamentar”, salientou, citado pelo jornal Hurriyet na sua edição em língua inglesa.

10:55
Detidos mais de 2800 membros das Forças Armadas

Agora foi a vez de o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, se dirigir ao país, dando o golpe como fracassado. À medida que as horas passam, sobe o número de detenções de militares. Ao todo, há registo de 2839 membros das Forças Armadas detidos, entre os quais estarão, segundo Yildirim, altos responsáveis da hierarquia militar.

Ao povo, o primeiro-ministro deixou um apelo, para que os civis continuem a vir para as ruas apoiar o Governo, repetindo o que aconteceu na última noite, quando na televisão e nas redes sociais surgiu a notícia do golpe e Erdogan surgiu em directo numa emissão da CNN Turk, falando através do Facetime a partir de Marmaris, a mobilizar a presença nas ruas.

Binali Yildirim, adianta o Guardian, pede para os civis voltarem às ruas e às praças, esta noite, com bandeiras da Turquia.

10:31
Santos Silva condena a “violência contra as instituições democráticas”

O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, condenou a violência na Turquia, depois de uma reunião com os seus homólogos da União Europeia (UE) presentes na Mongólia, onde decorre a Cimeira do Encontro Ásia-Europa (ASEM).

A partir de Ulan Bator, Augusto Santos Silva reagiu em declarações à Lusa: “Em primeiro lugar, nós condenamos a violência contra as instituições democráticas na Turquia e, portanto, apoiamos as instituições democráticas, isto quer dizer, a presidência, o parlamento e o governo turcos; em segundo, apelamos contra qualquer escalada de violência para evitar que os acontecimentos evoluíssem no sentido absolutamente indesejável e, em terceiro, apelamos a que fosse evitada qualquer tipo de violência contra civis”. com Lusa

09:53
“Esta tentativa de golpe fracassou”, afirmou Umit Dundar, nomeado chefe interino das Forças Armadas, fazendo uma actualização ao número de vítimas. Morreram mais de 190 pessoas, segundo os números avançados: 104 “golpistas”, assim descritos por Dundar, 41 polícias, dois soldados e 47 civis. Foram detidos 1563 militares.

O general, que substitui o chefe maior Hulusi Akar, que chegou a estar detido pelos militares envolvidos na intentona, afirmou em conferência de imprensa que “o golpe foi abortado graças à solidariedade total entre o nosso comandante-chefe e Presidente, o nosso primeiro-ministro e as Forças Armadas turcas”, cita a AFP.

09:37
A chegada de Erdogan a Istambul

09:36

Ao início da manhã ainda havia alguns confrontos em algumas zonas da Turquia, escreve o Guardian a partir de Istambul. Na ponte do Bósforo, os militares que tinha tomado o controlo daquela passagem renderam-se. E quando já era de dia e os carros já circulavam nos dois sentidos, a ponte ficou repleta de civis a festejar no meio da estrada. As imagens mostram a polícia a tentar dispersar as pessoas com jactos de água.


09:24
O momento da rendição na Ponte do Bósforo
























09:05
Tusk: "Não há lugar para golpes de Estado na Turquia moderna"

O Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, veio condenar a tentativa de golpe de Estado, afirmando que as “tensões, os desafios não podem ser resolvidos com armas”. Numa mensagem no Twitter, Tusk avisou que o Estado de direito e a democracia não podem ser postos em causa. “Não há lugar para golpes de Estado na Turquia moderna. Não há alternativa à democracia, ao Estado de direito”, disse.

Sobre as relações da União Europeia com a Turquia, afirmou noutro post: “A nossa esperança e intenção é que a Turquia continue a ser um parceiro-chave em todas as suas dimensões”.


16/07/2016 - 08:41
Erdogan: “Não entregamos o nosso país aos golpistas”

Pouco depois de aterrar no aeroporto de Ataturk, em Istambul, onde o esperava uma multidão de apoiantes, o Presidente Erdogan discursou em conferência de imprensa para demonstrar o seu controlo sobre a situação. “Este levantamento, este movimento é um grande presente de Deus para nós, porque o exército será limpo”, garantiu, acusando os militares envolvidos na tentativa de golpe de serem “grupos terroristas”.

Mão pesada para quem esteve envolvido na intentona foi o tom domintante do discurso – e já há relatos de que 1500 militares terão sido detidos. “Os que mancham a reputação militar têm de sair. O processo começou hoje e continuará até combatermos outros grupos terroristas”, prometeu.

Num discurso transmitido na televisão, Erdogan procurou reafirmar a sua legitimidade, ao referir que foi eleito com 52% dos votos, acusando os golpistas de terem apontado “as armas do povo contra o povo”.
“O que foi feito é uma traição e uma rebelião. Vão pagar caro por este acto de traição. Não entregaremos o nosso país aos golpistas”.Recep Tayyip Erdogan, Presidente Turco
16/07/2016 - 08:07
Número de mortos sobre para 90

Um novo balanço, divulgado pela agência de notícias pró-governamental Anadolu, aponta para 90 mortos e 1154 feridos na sequência da intentona falhada, que durante a noite de sexta-feira levou a confrontos em Ancara e Istambul. Segundo um responsável turco, mais de 1500 militares terão sido detidos pelas forças de segurança turcas.

16/07/2016 - 07:43
Chefe do Estado Maior das Forças Armadas libertado

O chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Hulusi Akar, que tudo indica ter sido retido durante a tentativa de golpe de Estado numa base aérea perto da capital, foi libertado. Com base nos relatos das televisões, a AFP escreve a partir de Ancara que o general terá sido levado para um local seguro.

Antes de se saber do paradeiro de Akar, o primeiro-ministro, Binali Yildirim, veio anunciar no sábado de manhã um chefe do Estado Maior interino. Segundo a AFP, o Presidente Erdogan chegou a afirmar ignorar o paradeiro de Akar. Para o seu lugar foi indicado Amit Dundar, comandante das Forças Armadas de Istambul.
16/07/2016 - 07:38
Seis pessoas envolvidas na tentativa falhada de golpe de Estado foram mortas nos confrontos no comando da polícia militar e 250 pessoas terão sido detidas. A informação foi dada pelo chefe da polícia Celalettin Lekesiz, citado pelo Guardian com base na agência de notícias Anadolu. Entre os detidos está o general Memduh Hakbilen, chefe do comando do Egeu.

16/07/2016 - 06:45
Erdogan denuncia "acto de traição"

O Presidente turco – que se encontrava de férias em Marmaris, no Sul do país, quando a os militares saíram à rua, cercaram o palácio presidencial e tomaram a Ponte do Bósfoto – aterrou em Istambul na madrugada de sábado e foi recebido por uma multdão de apoiantes. Horas antes, Erdogan tinha incitado os seus apoiantes a manifestarem-se nas ruas. Foi o que fizeram milhares de civis nas duas cidades. Mais tarde, o Presidente discursou na televisão, em directo, classificando a tentativa de golpe como um acto de traição.

16/07/2016 - 06:40
Balanço do Governo: 60 mortos, 754 militares detidos

A tentativa de golpe de Estado na Turquia levada a cabo nesta sexta-feira à noite por um grupo de militares em Ancara e em Istambul fez pelo menos 60 mortos, segundo o Governo turco. A mesma fonte refere que 754 militares foram detidos nas últimas horas.

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