Carlos Costa, governador do Banco de Portugal. Fotografia: JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
Carlos Costa salienta que "interesse nacional" foi defendido durante negociações com troika que desejava privatizar CGD
O governador do Banco de Portugal salientou que os responsáveis portugueses que negociaram o programa de ajustamento com os técnicos da troika “souberam manter a sua linha e salvaguardar o interesse nacional” na questão da tentativa de privatização da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, volta hoje a marcar presença numa comissão parlamentar de inquérito, desta feita para falar da Caixa Geral de Depósitos.
A audição do supervisor é a segunda realizada por esta CPI, que ontem ouviu o ainda presidente da instituição.
A resposta do governador surgiu depois de João Paulo Correia, deputado do PS, ter questionado diretamente se os técnicos da troika, tanto nas negociações para o programa de ajustamento como nas avaliações seguintes, tinham manifestado interesse em privatizar a CGD.
Sem responder diretamente, Carlos Costa acabou por responder ao deputado.
“Durante a negociação é natural que surjam ideias mais ou menos afastadas daquilo que é interesse nacional.
Mas os negociadores souberam manter a linha e salvaguardar o interesse nacional assim como os interesses de países terceiros onde a CGD tinha uma importante quota do sistema financeiro”, respondeu Carlos Costa.
“Vou depreender que a resposta é ‘Sim'”, reagiu o deputado socialista.
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